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A ameaça do Irã a Estados Unidos, Reino Unido e França o92m

Teerã alertou as três potências para não ajudarem a bloquear a retaliação ao ataque de Israel 344x1s

Por Felipe Barbosa SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 14 jun 2025, 12h56 - Publicado em 14 jun 2025, 10h14

Conflito Israel e Irã — Prédio destruído na área de Ramat Gan, perto de Tel Aviv, Israel, após ataque retaliatório do Irã - 14/06/2025 (Mostafa Alkharouf/Anadolu via/Getty Images)

O Irã alertou neste sábado, 14, os Estados Unidos, o Reino Unido e a França que suas bases militares e navios serão alvos de ataques caso ajudem a bloquear a retaliação a Israel. Desde sexta, Teerã lançou centenas de mísseis e drones contra o território israelense, deixando ao menos três mortos, em resposta aos ataques de Tel Aviv, que mataram mais de 70 pessoas. A ameaça pode ampliar uma guerra já sangrenta no Oriente Médio.

”Estará sujeito a ter todas as bases regionais do governo cúmplice atacadas pelas forças iranianas, incluindo bases militares nos países do Golfo Pérsico e navios e embarcações navais no Golfo Pérsico e no Mar Vermelho”, disse neste sábado o Irã em uma declaração citada pela agência de notícias iraniana Mehr.

Na sexta, após o início das hostilidades, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que seu país ajudará a defender Israel, aliado histórico. Além disso, forças americanas já ajudaram a abater drones e mísseis iranianos que se aproximavam de Israel, segundo informações de agências de notícias. O presidente francês, Emmanuel Macron, também disse na sexta que seu país ajudaria a defender Israel contra represálias iranianas.

Enquanto o governo do Reino Unido disse que suas forças não forneceram nenhuma assistência militar a Israel, já que o primeiro-ministro, Keir Starmer, enfatizou a necessidade de redução da tensão.

Teerã tenta dissuadir o apoio ocidental à defesa de Israel em um momento em que a maioria dos mísseis e drones disparados contra Israel está sendo interceptada antes de atingirem seus alvos. No entanto, cumprir a ameaça contra as três potências seria uma aposta enorme para o Irã, atraindo forças ocidentais para o conflito quando o país já sofre com o bombardeio israelense constante.

Em uma sessão do Conselho de Segurança da ONU na sexta-feira, o diplomata americano McCoy Pitt alertou: “Nenhum representante do governo ou ator independente deve ter como alvo cidadãos americanos, bases americanas ou outras infraestruturas americanas na região. As consequências para o Irã seriam terríveis.”