A dura resposta do governo à oposição e ao mercado sobre cortar gastos
VEJA Mercado: deputado da base governista acredita que existem outros caminhos para garantir a sustentabilidade das contas públicas
Desvincular o reajuste das aposentadorias da correção do salário mínimo, rever os pisos constitucionais de investimentos em saúde e educação e diminuir a participação do governo no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Essas são três propostas de cortes de gastos amplamente discutidas por economistas e pelo mercado financeiro como possíveis soluções para contornar a grave situação das contas públicas brasileiras, mas que, no que depender do governo, são improváveis de se colocar em prática.
O deputado Rogério Correia (PT-MG), presidente da Comissão de Tributação e Finanças da Câmara, afirmou em entrevista ao programa VEJA Mercado que a oposição e o mercado “estão fazendo chantagem ” ao colocar o governo sobre pressão para rever o pacote de aumento de impostos anunciado pelo ministro Fernando Haddad e rebateu as propostas.
“Eles querem revogar o decreto e deixar o Brasil sem dinheiro. O presidente Lula já disse que não vai retirar os mínimos constitucionais da saúde e da educação e tampouco desvincular o salário do aposentado do salário mínimo. Não achamos justo fazer isso com aposentados que muitas vezes ganham só um salário mínimo”, disse. “Eles querem fazer isso rápido para que não se tenha tempo de discutir isso com a sociedade. Ganhar essa discussão num Congresso conservador é fácil, mas explicar ao povo que ele está sendo prejudicado é a grande dificuldade”, concluiu. O programa VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo no YouTube e nas redes sociais, a partir das 10h.
+‘É uma chantagem’, diz deputado do PT sobre rejeição ao pacote de impostos
Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do VEJA Mercado: