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Nunca se viu conflito assim: cúpula militar iraniana decapitada dormindo 463u3u

Os generais estavam em casa - muitas vezes, apartamentos de cobertura - quando israelenses desfecharam ataques mortíferos 5k2nb

Por Vilma Gryzinski Atualizado em 13 jun 2025, 15h48 - Publicado em 13 jun 2025, 14h48

Começar uma guerra matando a cúpula militar do inimigo foi um dos atos de espantosa audácia da aviação israelense ao atacar o Irã para interromper seu programa nuclear bélico. Outra operação de grande ousadia foi executada pelo Mossad ao montar uma central de drones em território iraniano, algo parecido com o que a Ucrânia fez ao instalar drones em containers transportados por caminhões para atacar aviões russos em suas bases.

A arte da guerra é baseada nos subterfúgios, aconselhava Su Tsu há 1 500 anos e pouca coisa mudou desde então. Conhecer o inimigo e se preparar para “cair como um raio” sobre ele, ou seja, altíssimos padrões de inteligência e precisão na execução, ajudaram nos bombardeios que mataram cinco altos integrantes da cúpula militar. Também foram mortos cientistas nucleares e, ironicamente, o supervisor das negociações com os Estados Unidos.

“Eu dei a eles oportunidade em cima de oportunidade para fazer um acordo”, disse Donald Trump. “Agora estão todos mortos”.

Muitos estavam dormindo em apartamentos de cobertura, uma prerrogativa de generais. Todos aram a vida esperando ataques contra a infraestrutura nuclear, enterrada no coração de montanhas para dificultar bombardeios, mas não esperavam que eles próprios poderiam ser alvos. Um grave erro de cálculo.

CABEÇA DA SERPENTE 12668

Ainda não dá para ter um balanço imparcial do nível de dano causado nas instalações nucleares, mas, por trás de falsas declarações de condenação, existe um sentimento de alívio. É por isso que devem ser vistas com incredulidade pronunciamentos como o da Arábia Saudita de “forte condenação das flagrantes agressões de Israel contra a fraterna República Islâmica do Irã”.

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É um jogo de cena. Vale lembrar o que líderes sauditas diziam em particular, conforme os vazamentos chamados de Wikileaks. “Cortem a cabeça da serpente”, pediu em 2010 o rei Abdullah, tio do atual governante de fato, o príncipe herdeiro Mohammad bin Salman. Outras revelações históricas: a Jordânia dizia que o programa nuclear iraniano deveria ser bloqueado por todos os meios necessários, Egito e Emirados Árabes Unidos referiam-se ao Irã como “maligno” e “ameaça existencial”.

Pouco mudou desde então. Os países sunitas, o ramo majoritário do Islã, sempre consideraram o Irã xiita uma ameaça de desestabilização, interna e regional. Tinham razão: o regime iraniano criou um arco de influência, financiando o Hezbollah no Líbano e o Hamas em Gaza. As consequências foram vistas nos últimos anos.

Uma parte da motivação do regime iraniano para buscar a bomba nuclear foi justamente a inimizade com países árabes adversários. Lembre-se que eles financiaram a guerra de Saddam Hussein que por muito pouco não dobrou o Irã.

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GOG E MAGOG 2u5e6b

A Operação Leão Se Levanta, numa referência bíblica, está sendo comemorada em muitas capitais, árabes e outras. Nenhuma delas tem a capacidade operacional de Israel, revelada nos ataques contra um país dez vezes maior e focado no armamentismo.

Apesar dos ataques humilhantes sofridos, o Irã é um adversário de respeito. Poderia ter focado suas energias – e a renda do petróleo – em construir um país melhor, não mais militarizado (um dado revelador: seu PIB per capita é de 4,5 mil dólares, contra 53 mil de Israel). Não fez isso porque é dominado por um regime em que o fanatismo religioso é o componente fundamental.

Para dar uma ideia: pouco antes dos ataques israelenses, autoridades iranianas estavam avisando a população que é proibido ear com cachorros, na rua ou em veículos. Os cães são considerados impuros pelos princípios da religião muçulmana. Tê-los como animais de estimação ou a ser até um ato de rebeldia contra o regime.

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Dá para acreditar? Enquanto os adeptos de profecias sobre o fim do mundo esperam a batalha de Gog e Magog, o regime dos aiatolás estava preocupado com nossos companheiros animais.

A retaliação iraniana é questão de honra, obviamente, e pode acontecer em diversas frentes. O que vai acontecer nos próximos dias? Os Estados Unidos serão levados inexoravelmente para a guerra? Conseguirá o regime iraniano o que mais deseja, morte e destruição em Israel? O mundo tem razões para se preocupar, inclusive os que, secreta ou abertamente, comemoram as bombas na “guerra das coberturas”.

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